Graduação em Serviço Social
Sobre o Curso
A FAP ao implantar o Curso de Bacharelado em Serviço Social propõe-se a formar profissionais reflexivos que analisem, decifrem e atuem sobre as múltiplas manifestações da questão social, assim como, planejem, implementem e avaliem políticas, planos, programas e projetos sociais, constituindo-se:
Profissional generalista, com competências teórica, metodológica e política, referenciado no conhecimento das Ciências Sociais e da Teoria Social de Marx, com capacidade de análise crítica e propositiva nos diversos espaços sócio institucionais;
Profissional que procure responder às demandas sócio históricas dos usuários dos serviços sociais, respeitando e comprometendo-se com os valores e princípios norteadores do Código de Ética do Assistente Social;
Portanto, os profissionais devem se fundamentar num referencial teórico-prático, necessário ao desempenho da prática profissional nos organismos público e privado, de forma competente, favorecendo, assim, a prática da reflexão crítica sobre temas e questões relativas aos conhecimentos sócio históricos e metodológicos, à luz de diferentes teorias. Dessa o trabalho deve estar comprometido com a prática investigativa, com a produção e difusão do saber sistematizado e com a formação do cidadão, capacitando-o, dessa forma, a participar conscientemente da evolução do mundo atual.
Reconhecido pela Portaria Ministerial nº 181, de 23 de junho de 2020
Mensalidades: 👉 R$ 889,07
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As mudanças ocorridas no mundo do trabalho e das relações sociais no final do século passado, puseram em curso novas demandas de educação superior. Portanto, cabe às IES não apenas a produção do conhecimento científico e tecnológico, mas também o desenvolvimento de ações de natureza crítica e criativa voltadas para a sociedade, nela intervindo e transformando.
A relação pedagógica confere ao docente uma autoridade emanada da sua condição de detentor de um saber que precisa ser comunicado. Disso resulta não somente a influência do docente sobre os discentes, com o estabelecimento de um conjunto de relações e circunstâncias complexas e diversificadas que precisam ser administradas pelo docente como mediador do ato de aprender. Assim, pensar na formação do profissional significa desenvolver competências para o enfrentamento de complexidades que a profissão exige.
Nesse sentido, o Projeto Pedagógico do Curso – PPC de Serviço Social, adota o entendimento de competência como o conjunto dos recursos que se mobiliza para o agir. “As competências tratam sempre de alguma forma de atuação, existindo apenas ‘em situação’ e, portanto, não podem ser aprendidas unicamente no plano teórico, nem no estritamente prático” (Parecer CNE/CPnº28/2001). A competência para uma prática de melhor qualidade, exige do processo de formação profissional uma compreensão de escola, de sociedade e de homem, pautada numa visão crítico-reflexiva que garanta aos profissionais em formação, autonomia no desenvolvimento de seus saberes e fazeres, frente às situações cotidianas.
As Diretrizes Curriculares Nacionais instigam reflexões de natureza teórico-metodológica, que se caracterizam por uma nova qualidade no interior do debate profissional. A partir delas, surgem também produções teóricas e debates públicos em termos de refletir sobre as suas consequências práticas no plano da formação profissional. A qualidade exigida nessa lógica curricular, impulsiona para a reflexão sobre os fundamentos da vida social e do próprio Serviço Social como profissão, incorporando novos conceitos e exigindo novos olhares.
Nesse caso, as mudanças no mundo do trabalho e as novas configurações da sociedade contemporânea em suas políticas, são imperativas na exigência de um novo perfil de profissional e, consequentemente, de formação profissional, que responda aos novos processos de trabalho e às novas demandas sociais, cujo conhecimento se alimenta e se reconstrói a partir de uma prática social significativa que pressupõe uma sólida formação teórica, compreendendo:
o Serviço Social se particulariza nas relações sociais de produção e reprodução da vida social como uma profissão interventiva, cujo objeto se delineia a partir das manifestações da questão social;
a relação do Serviço Social com a questão social – matéria prima da intervenção do Assistente Social – é mediatizada por processos sócio-históricos e teórico metodológicos inerentes a seu processo de trabalho;
o agravamento da questão social, a partir do processo de reestruturação produtiva no Brasil e da implementação do projeto neoliberal, impõe mudanças no campo de ação do Assistente Social;
o processo de trabalho do Assistente Social é determinado pelas configurações estruturais e conjunturais da questão social e pelas formas históricas que o seu enfrentamento conforma, através das políticas e lutas sociais.
Nessa mesma perspectiva, os princípios que fundamentam a formação profissional orientam-se para:
Flexibilidade de organização dos currículos plenos, manifestada na possibilidade de definição de disciplinas e outros componentes curriculares;
Rigoroso trato teórico, histórico e metodológico da realidade social e do Serviço Social, que permita a compreensão dos problemas e desafios com os quais o profissional se depara no cotidiano;
Adoção de uma teoria social critica;
Superação da fragmentação de conteúdos na organização curricular;
Estabelecimento das dimensões investigativa e interventiva, como princípios formativos;
Padrões de desempenho e qualidade idênticos, para cursos diurnos e noturnos;
Interdisciplinaridade no trato das questões postas pela realidade, reconstituindo a complexidade dos fenômenos sociais;
Indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão;
Pluralismo teórico como eixo na construção da direção social da formação profissional;
A ética como elemento formativo fundante;
Atrelamento do estágio à supervisão acadêmica e profissional.
Considera-se portanto, imperativo, a implantação do Curso de Serviço Social pautado nas Diretrizes Curriculares e nos processos gerais dinamizados pelas organizações de classes, articulado sobretudo, com a flexibilização da estrutura do curso, com atividades diversificadas, criativas e dinâmicas no processo ensino-aprendizagem.
A proposta tem o entendimento de que a teoria é a base sobre a qual se constroem e reconstroem as competências profissionais, portanto, deve pautar-se na articulação teoria x prática, devendo as disciplinas evidenciarem essa relação. Nessa abordagem os conteúdos serão considerados tanto os problemas relacionados ao campo de atuação do futuro profissional, como também os da sua realidade cultural, social e econômica, exigindo que a formação inicial, tenha clareza quanto à relação entre os conteúdos trabalhados e o currículo a ser desenvolvido, tenha lugar privilegiado no espaço curricular: a iniciação à pesquisa, a atitude problematizadora e investigativa de docentes e discentes, constituindo um instrumento de ensino e um conteúdo de aprendizagem com foco no processo ensino-aprendizagem dos conteúdos curriculares.
Convém ressaltar que a formação profissional do assistente social deverá priorizar aspectos relacionados à interdisciplinaridade, à flexibilidade curricular, à indissociabilidade entre teoria e prática. Assim, a matriz curricular do Curso de Serviço Social deve estar articulada com a visão orgânica do conhecimento, em oposição à multiplicidade desordenada das especializações do saber e da falta de unidade específica entre as disciplinas do Curso.
Entende-se que é preciso assegurar, na formação do assistente social, a sistematização e o aprofundamento de conceitos e relações expressas nas e pelas disciplinas indispensáveis ao desenvolvimento de suas competências profissionais, o que não significa uma defesa da compartimentalização e isolamento dessas disciplinas.
Nesse sentido, a construção do conhecimento deve ter um caráter dialético entre o mundo contemporâneo, diferentes linguagens, novas tecnologias e novas configurações de conteúdos já consagrados. As disciplinas devem buscar não apenas a formação específica, mas também a relação com outras áreas do conhecimento, tendo na interdisciplinaridade um dos princípios norteadores das atividades acadêmico-científicas do Curso.
Dessa forma, a interdisciplinaridade no projeto pedagógico constitui-se em um desafio de superar a cultura escolar rígida e fragmentada, de modo geral presente nos currículos dos Cursos de bacharelado, nos quais se justapõem, de um lado as disciplinas específicas; e de outro, as metodologias, os fundamentos da formação e o estágio de forma compartimentalizada e isolada. Nesse contexto, cresce a responsabilidade dos educadores em promover um ensino organicamente integrado, para que os discentes adquiram as habilidades de investigar, compreender, comunicar e, principalmente, relacionar o que aprendem a partir do seu contexto social e cultural.
Outro princípio que se destaca na construção do currículo do Curso de Serviço Social é da flexibilidade, evidenciada em diferentes perspectivas: na eliminação da rigidez estrutural do Curso, na organização dos tempos e espaços e no tratamento dos conteúdos. Isso porque a organização do currículo deve contemplar uma formação flexível, voltada também, para o aprofundamento de conhecimentos específicos, identificados como significativos na realidade social e educacional que atendam aos interesses dos discentes. Além disso, deve-se valer das diversas tecnologias de informação e de comunicação como possibilidades de desenvolver no cotidiano do curso os conteúdos das diferentes disciplinas e, ainda, diversificar os espaços educacionais extrapolando, os limites da escola e da sala de aula.
Portanto, as diretrizes curriculares se impõem às demandas de uma formação teórico-metodológica, ético-política e técnica, visando:
A priorização de uma leitura crítica do processo histórico, apreendido em sua totalidade;
A investigação sobre a formação histórica e os processos sociais contemporâneos que norteiam a constituição da sociedade brasileira, sob o modelo de produção capitalista;
Apreensão do significado social da profissão nos seus produtos/respostas, diante das diversas conjunturas;
Compreensão das demandas postas ao Serviço Social pela via do mercado de trabalho, e das mudanças nas relações público e privado, e na gestão das políticas sociais do Estado brasileiro;
Fortalecimento do exercício profissional em sintonia com as competências e atribuições estabelecidas na legislação profissional vigente.
A FAP ao implantar o Curso de Bacharelado em Serviço Social propõe-se a formar profissionais reflexivos que analisem, decifrem e atuem sobre as múltiplas manifestações da questão social, assim como, planejem, implementem e avaliem políticas, planos, programas e projetos sociais, constituindo-se:
Profissional generalista, com competências teórica, metodológica e política, referenciado no conhecimento das Ciências Sociais e da Teoria Social de Marx, com capacidade de análise crítica e propositiva nos diversos espaços sócio-institucionais;
Profissional que procure responder às demandas sócio-históricas dos usuários dos serviços sociais, respeitando e comprometendo-se com os valores e princípios norteadores do Código de Ética do Assistente Social;
Portanto, os profissionais devem se fundamentar num referencial teórico-prático, necessário ao desempenho da prática profissional nos organismos público e privado, de forma competente, favorecendo, assim, a prática da reflexão crítica sobre temas e questões relativas aos conhecimentos sócio-históricos e metodológicos, à luz de diferentes teorias. Dessa o trabalho deve estar comprometido com a prática investigativa, com a produção e difusão do saber sistematizado e com a formação do cidadão, capacitando-o, dessa forma, a participar conscientemente da evolução do mundo atual.
O curso funcionará no turno noturno, em regime semestral, com 100 (cem) vagas anual ou 50 (cinquenta) a cada semestre, conforme Portaria Ministerial Ren. Nº 366/2007, com carga horária total de 3.000 (três mil) horas, equivalentes a 131 (cento e trinta e um) créditos, distribuídos em campos interligados de formação, de acordo com a Resolução CNE/CES nº 15/2002, que institui as Diretrizes Curriculares para os Cursos de Serviço Social. O prazo de integralização curricular corresponde ao tempo mínimo de 3 anos e meio, equivalendo a 7 semestres e de no máximo 5 anos, equivalendo a 10 semestres.
A proposta curricular do Curso de Serviço Social da Faculdade do Baixo Parnaíba – FAP de Chapadinha – MA, sustenta-se no triângulo dos conhecimentos constituídos em três núcleos de fundamentação da formação profissional: o Núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da vida social, o Núcleo de fundamentos da formação sócio-histórica da sociedade brasileira e o Núcleo de fundamentos do trabalho profissional, definidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais. Estando as disciplinas e as práticas sociais aglutinadas em torno desses Núcleos Temáticos, articuladores da formação profissional, haja vista a totalidade de conteúdos necessários às particularidades da atividade profissional. Tais conteúdos se desdobram, por sua vez em áreas de conhecimentos, que constituem uma unidade de conteúdos da formação profissional, parte integrante do grupo de competências e habilidades, definidas no perfil do curso.
Compreende um conjunto de conhecimentos que integram o entendimento do ser social como totalidade histórica. O núcleo agrega os componentes fundamentais da vida social, as particularidades da realidade brasileira e do trabalho profissional.
Nessa perspectiva, o ser social parte do processo de constituição e desenvolvimento histórico da sociedade contemporânea, evidencia-se na apreensão dos elementos de continuidade e ruptura dos momentos históricos.
Sendo assim, a categoria Trabalho é assumida como fio condutor do processo de reprodução da vida social, concebido como práxis, o que implica no desenvolvimento da socialidade, consciência, universalidade e da capacidade de instituir valores, escolhas e novas exigências, em oposição à sociedade capitalista, que apresenta as suas especificidades: a divisão social do trabalho, a propriedade privada, a divisão de classes, as relações de exploração e dominação, e ainda, as suas formas de alienação e resistência. Dessa forma, ratifica-se também o reconhecimento das dimensões ético-culturais, políticas e ideológicas que compõem os processos sociais, apreendidos no movimento dialético que corporeifica os elementos de sua superação.
Esse núcleo então, propicia a compreensão e explicação de fenômenos sociais, educacionais e de aprendizagens significativas, a partir de suas bases nas diversas linguagens e códigos, bem como, históricas, filosóficas, econômicas, políticas, de modo a captar as relações e as interações que se verificam entre Estado/Sociedade/Trabalho.
A coordenadora do curso de Serviço Social da Faculdade do Baixo Parnaíba (FAP), Prof. Maria do Rosário de Fátima Fortes Braga é graduada em Serviço Social e Mestra em Educação pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Técnica em assuntos educacionais da Universidade Federal do Maranhão.